terça-feira, 3 de junho de 2014

Não é o paulistano que é mal-educado. Você que é um cuzão.



Já ouvi muita gente, inclusive alguns paulistanos, dizendo que o pessoal de sampa é um povo estressado, mal educado e apressado. Principalmente no transporte público e, em especial, no metrô.

Não é bem assim. É só parar pra pensar: todos os dias pelo metrô circulam quase 4 milhões de pessoas. QUATRO FODENDO MILHÕES. Traduzindo pra linguagem contemporânea, isso é o que chamamos de gente pra caralho. Isso significa que se não houver certas diretrizes pra manter um fluxo, vira uma tremenda de uma zona. Quando você simplesmente ignora essas diretrizes (que estão em placas por todos os lados nas estações), você que está sendo mal-educado e cabe ao paulistano estressado te lembrar que você está sendo um cuzão. Se não ficou clara a idéia pra você, vou te mostrar como você pode ser um cuzão e nem saber disso:

Cuzão que não deixa a esquerda livre na escada rolante
Tudo bem, você tem o direito de ir e vir. Mas quando você trava a vida de todo mundo atrás de você, você está sendo um tremendo de um cuzão. Se você não quer andar na escada rolante porque é um gordo preguiçoso como eu, fique na fila da direita. E sua namorada não vai ganhar um par de bolas peludas e enrugadas se ela não ficar do seu lado na escada, ela pode ficar no degrau seguinte.

Cuzão que entra no vagão e já se planta na porta
Você não está sendo uma pessoa prática e ligeira da cidade grande, você está sendo um cuzão de marca maior. Se você tem preferência em ficar na porra da porta, entre no vagão por último. Quando você se planta na porta logo que entra, dá direito pra uma dezena de pessoas atrás de você de te darem uma ombrada e fazer você rodar igual ao Pião do Baú.

Cuzão que desce pelo lado do embarque
Algumas estações tem um lado certo pra sair do vagão e outro para entrar, como a Luz e a Sé, devido ao grande fluxo. Mas existem algumas pessoas muito malandras que preferem cortar caminho e saem pelo lado do embarque. Muitas delas fazem isso quando quando o lado do embarque está apinhado de gente querendo entrar. Você não é uma pessoa sagaz quando faz isso, você é um atlético, musculoso e parrudo cuzão.

Cuzão que chega na catraca e pára pra procurar o bilhete
Juro que isso é uma coisa tão óbvia que deviam ter agentes do metrô plantados nas catracas com a ordem de dar um pescotapa em quem chega na catraca e abre a bolsa pra procurar o bilhete. No meu país fictício, isso é punível com uma caminhada de 1Km sobre uma trilha de Lego.

Cuzão que não espera quem está dentro do vagão sair
Esse pra mim é o ápice do egoísmo. Você que está fora do vagão, na pior das hipóteses, vai ter de esperar alguns minutos pra pegar o próximo trem se esse estiver muito lotado. Quem está dentro e precisa sair, se não conseguir vai ter que descer na próxima estação e pegar o trem de volta, supondo que na próxima estação ele possa fazer isso (algumas estações como o Tietê não permitem isso sem que você saia da catraca e entre de novo, pagando).

Vamos fazer uma conta de boteco aqui. Suponhamos que um cuzão atrase a vida de 15 pessoas. Vamos supôr também que, de cada 100.000 pessoas no metrô, 1% delas (1.000) sejam cuzões. Seriam então 15.000 pessoas tendo suas vidas fodidas por um cuzão. Se colocarmos nessa conta o número de horas que o metrô fica aberto e o número de estações na malha metroviária de São Paulo, temos uma cidade estressada, mal-educada e apressada. Tudo porque você é um puta de um cuzão.

Copiado de:  http://eusempretenhoproblemaspracriarumusername.wordpress.com/2014/05/23/nao-e-o-paulistano-que-e-mal-educado-voce-que-e-um-cuzao/

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