sábado, 10 de janeiro de 2015
Nintendo encerra suas atividades no Brasil
A Nintendo, uma das empresas de entretenimento eletrônico mais importantes do planeta, anunciou o encerramento das atividades de sua representação no Brasil para jogos e consoles.
Operando por meio de uma subsidiária da Juegos de Video LatinoAmérica, a justificativa foi que os altos impostos inviabilizaram a distribuição local de seus produtos.
“O Brasil é um mercado importante para a Nintendo e lar de muitos fãs apaixonados mas, infelizmente, desafios no ambiente local de negócios fizeram nosso modelo de distribuição atual no país insustentável”, disse em nota Bill van Zyll, Diretor e Gerente Geral para América Latina da Nintendo of America.
Apesar do fim das operações no Brasil, a Juegos de Video LatinoAmérica continua como distribuidora da Nintendo na América Latina.
A Nintendo nunca soube trabalhar por conta própria no mercado Brasileiro. Desde o fim da parceria com a Gradiente, em 2003, a companhia não conseguiu um modelo de negócios viável para operar. Diferente da América Latina, que tem uma política de importação relativamente uniforme, o Brasil tem características próprias de mercado, que sem um profundo conhecimento, se mostra implacável.
O estabelecimento sólido das concorrentes Microsoft e Sony também acabou erodindo a participação da Nintendo no Brasil, em especial pelo preço proibitivo de seus produtos.
Essa é uma lição importante para o mercado como um todo: apesar de fazer parte da América Latina, o Brasil tem língua própria, uma cultura empresarial particular e está muito mais alinhado com EUA e Europa que os outros países do bloco. Muito além de trazer os produtos, é fundamental que se estabeleça uma sólida rede de canais e uma estratégia de nacionalização dos produtos para se alcançar as vantagens tributárias oferecidas pelo governo.
Replicar estruturas que funcionam no México, por exemplo, é perda de tempo e dinheiro. Sem um profundo comprometimento por parte das empresas, realmente fica difícil continuar por aqui.
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