segunda-feira, 24 de outubro de 2016

5 ideias de esquerda que jamais fizeram o menor sentido (mas você sempre acreditou)

Você provavelmente já ouviu todas essas frases pelo menos alguma vez na vida. Ou melhor, talvez mais do que isso: há uma boa chance de você mesmo ter dito e continuado acreditando em todas elas.
É perfeitamente normal. Ao longo de décadas não nos cansamos de repetir uma série de bordões presos ao senso comum que não sobrevivem ao menor escrutínio da realidade – da ideia que comer leite com manga faz mal à saúde até a que diz que o banho não é indicado depois do almoço. Ninguém está imune a isso. E isso independe das motivações ideológicas.
Aqui, no entanto, separei cinco desses bordões ligados a uma mentalidade antieconômica, presos a um senso comum que, longe de qualquer inocência, pauta parte considerável das nossas políticas públicas.

Por acreditar nessas ideias, repetidas incansavelmente ao longo dos anos, elegemos figuras políticas que modificam o mundo real à nossa volta. Mais do que isso: somos, em parte, responsáveis por escolhas que alienam e criam dificuldade à vida das pessoas – especialmente as mais pobres. Nada disso acontece por acaso.
E a primeira delas é a mais clássica possível:


1. “Para haver um rico é preciso haver um pobre.”


Cá entre nós – eu poderia apostar que você, pelo menos em algum momento da sua vida, chegou a acreditar nessa ideia. Para haver um rico é preciso haver um pobre. Ou então: os países só são ricos porque se desenvolveram explorando os países pobres. Ou ainda: a pobreza só existe porque dá lucro.
Há muitos desses clichês decorando muros com pichações condenando os ricos pelas mazelas dos mais pobres. E se engana quem pensa que essa ideia nasceu com o capitalismo. Desde muito antes dos seus ancestrais moverem suas botas em solo tupiniquim, as trocas comerciais sempre foram encaradas como se fossem moralmente possíveis apenas entre bens com igualdade de valor (leia-se: um camponês que troca uma dúzia de ovos por um litro de leite).
Acontece que o valor dos bens não é objetivo, mas subjetivo. Quer dizer, não é como se os bens estivessem disponíveis embalados na natureza e nós apenas tivéssemos o trabalho de subir em árvores para adquiri-los – e os ricos, impávidos em sua sede de dominar o mundo, tivessem colhido tudo antes do tempo, não permitindo que os mais pobres tivessem acesso a eles.
A imensa maioria dos produtos que estão nesse exato momento ao seu alcance, embora utilizem materiais disponíveis na natureza, só existem graças ao fato incontestável de que esses materiais em estado natural foram transformados por meio do trabalho e do investimento. É a ação do homem que faz a mágica aqui. As árvores foram cortadas, as terras foram aradas, os alimentos foram colhidos, os alumínios foram extraídos. O resultado disso tudo lota a gôndola dos supermercados e das lojas dos shoppings centers. E cada um de nós dá um diferente valor a todos esses produtos na hora de realizar as nossas trocas.
A crença de que para haver um rico é preciso haver um pobre nasce justamente da concepção equivocada de que o ganho de um jogador numa troca representa necessariamente a perda para o outro jogador. É como se houvesse uma quantidade finita de um determinado produto a ser dividido e disputado entre os jogadores. Toda vez que você adquire um celular, por exemplo, não permite com que outra pessoa no mundo tenha acesso a ele. Na teoria dos jogos o nome que se dá a isso é jogo de soma zero.
Acontece que a economia não é uma espécie de bolo, com tamanho fixo. Riqueza é algo que precisa ser produzida, criada. E não sem razão, é isso que fazemos há pelo menos dois séculos. Duvida? Encare o gráfico abaixo.

Aqui em cima está toda riqueza criada no mundo nos últimos séculos. Se você acompanhar cada traçado nesse gráfico, perceberá que todas as regiões do mundo estão hoje mais ricas do que estavam no século dezenove. Mesmo a África (e atualmente, sete das dez economias que mais crescem no mundo estão no continente africano). 
A pergunta que não quer calar aqui é: quem exploramos, afinal, para criarmos toda essa riqueza? Os marcianos? Os homens do passado? Nossos escravos imaginários? Quais foram os pobres explorados para que toda humanidade pudesse enriquecer?
De fato, tal bordão não parece fazer o menor sentido: as trocas só existem, pelo contrário, por serem lucrativas para ambas as partes – ou alguém força você a sair da sua casa para realizar compras que você não tem o menor interesse? A participação nesse grande mercado de trocas é absolutamente voluntária; tanto o comprador como o vendedor são capazes de vetar qualquer negócio a qualquer momento e só permanecerão interessados no jogo quando perceberem que essa é uma escolha lucrativa para ambos.
E é por isso que o mercado de trocas é um jogo de saldo positivo e expansivo. E é por isso que não faz o menor sentido afirmar que para haver um rico é preciso haver um pobre.
Acredite, o único lugar do mundo em que a pobreza dá lucro é na política.

2. “O capitalismo mata todos os anos milhões de pessoas.”


Você já ouviu essa, certo? Mas, antes de qualquer coisa, é preciso dar o nome aos bois.
Não, o capitalismo não é o governo americano. Também está longe de ser a burocracia estatal. Muito menos a defesa das grandes corporações.
O capitalismo é o sistema de mercado onde ocorrem as trocas citadas no primeiro ponto desse texto. É aquilo que Adam Smith chamava de “sistema de liberdade natural”, onde pessoas comuns exercem livremente seu poder de compra e venda. É aquilo que conecta e cria, como dizia George Simmel, “uma sociedade no lugar de uma mera coleção de indivíduos”.
E como um sistema econômico, antes de criticá-lo ou elogiá-lo é preciso entender que ninguém é encarregado de tocar o capitalismo – ou melhor, todo mundo é. Como disse o economista neozelandês John McMillan:
“Se as pessoas não têm autonomia, suas negociações não são negociações de mercado. Quando existe uma relação de autoridade – uma parte está cuidando da outra, ou uma autoridade mais alta cuida das duas – então qualquer transação está em outra categoria; não é uma transação de mercado.”
O que quero dizer com isso tudo? Que o capitalismo não possui um rosto. Não é possível imputar direta ou indiretamente a morte de quem quer que seja por ele – especialmente pelas ações políticas – como guerras, genocídios ou explorações colonialistas (na maioria das vezes perpetradas por autoridades antiliberais). Pelo contrário. Como sistema econômico, tudo que o capitalismo proporcionou ao mundo foi mecanismos para a proliferação da vida. E não é preciso ser um grande analista social para chegar a essa conclusão – basta saber o mínimo de história e aritmética.
Até o início do século dezenove, o crescimento do PIB per capita mundial permaneceu estável, próximo do zero. Entre 1200 e 1800, do declínio da Idade Média ao fim do mercantilismo, medidas de bem-estar econômico como renda, as calorias e proteínas per capita ingeridas pelas pessoas e o número de filhos sobreviventes aos primeiros cinco anos de vida, não mostraram tendência ascendente em nenhum país europeu – na verdade, estavam quase presos aos mesmos níveis de sociedades de caçadores-coletores. 
Desde então, graças ao crescimento econômico gerado pelas instituições capitalistas, a população mundial cresceu inacreditáveis seis vezes, desafiando a armadilha malthusiana. Não faz ideia do que isso significa? Estou falando de um acréscimo de seis bilhões de pessoas a mais vivendo agora no planeta. Nada parecido aconteceu até então na história do homem.
E não é apenas que há mais pessoas no planeta: nossa qualidade de vida aumentou consideravelmente e a nossa expectativa de vida mais do que dobrou desde então. O que é o mesmo que afirmar que nós não apenas vivemos mais tempo, como estamos menos suscetíveis a morrer de febre, gripe, fome, difteria, poliomelite, tifo, malária, tuberculose e uma série de doenças que hoje felizmente estão presas apenas aos livros de história.
É o exato oposto do que manda o senso comum. Não é como se o capitalismo matasse todos os anos milhões de pessoas: nenhum outro sistema econômico permitiu o nascimento e desenvolvimento de tantas vidas desde o início da trajetória da nossa espécie.


3. “O mundo está cada vez mais intolerante e violento. E a culpa é do capitalismo.”


É difícil não escapar dessa ideia. Você liga a televisão ou acessa aquela página gravada nos favoritos do seu navegador e tudo que recebe é um festival de balas perdidas, assaltos, sequestros, estupros e atentados terroristas. Você acessa a sua rede social e o que não faltam são depoimentos denunciando casos de racismo, homofobia e machismo. O mundo definitivamente parece um lugar caótico, governado pela violência como em nenhum outro período da história, certo?
Mas e se essa nossa impressão estiver errada? E se, ao final de tudo, nós estivéssemos vivendo no período mais pacífico da história? E se, mais do que isso, nenhuma outra geração desde que o mundo é mundo fosse tão tolerante a minorias como negros, gays e mulheres como a nossa?
Acha isso pouco provável? Então você precisa assistir essa palestra TED aqui embaixo. Nela, o sueco Hans Rosling literalmente ensina alguns truques para não sermos tão ignorantes sobre o mundo ao nosso redor (e um spoiler: ele nunca foi tão seguro e tolerante às minorias como é hoje).




Hans não é o único pesquisador a enxergar o mundo dessa forma. De fato, não são poucos os analistas sociais que apontam que ao menos desde o fim da Idade Média a violência vem caindo drasticamente no planeta. E nada disso aconteceu por acaso: como relata o canadense Steven Pinker no consagrado The Better Angels of Our Nature, o sistema de trocas de mercado parece ser um dos principais responsáveis por isso:
“Os jogos de soma positiva também mudam os incentivos para a violência. Se você está trocando favores ou excedentes com alguém, de repente seu parceiro de troca torna-se mais valioso para você vivo do que morto. Além disso, você tem um incentivo para prever o que ele quer, para melhor supri-lo em troca daquilo que você quer. Embora muitos intelectuais, seguindo os passos de Santo Agostinho e São Jerônimo, considerassem os negociantes egoístas e gananciosos, na realidade o livre mercado recompensa a empatia. O bom negociante precisa manter os clientes satisfeitos ou um concorrente os roubará, e quanto mais clientes ele atrair, mais rico ficará. Essa ideia, que veio a ser chamada de doux commerce (comércio gentil) foi expressa pelo economista Samuel Ricard em 1704:
“O comércio liga as pessoas através da utilidade mútua. […] Através do comércio, o homem aprende a deliberar, a ser honesto, a adquirir bons modos, a ser prudente e reservado no falar e no agir. Percebendo a necessidade de ser prudente e honesto para alcançar o êxito, ele foge do vício, ou pelo menos sua conduta exibe decência e seriedade, para não suscitar um juízo adverso nos conhecidos presentes e futuros.””
No mundo real, entre 88 países com dados confiáveis, 67 viram um declínio de assassinatos nos últimos 15 anos – entre os mais violentos, essa taxa diminuiu em mais de 40% nesse período.
Pode parecer insano dizer isso, mas nós somos mais tolerantes às relações homossexuais e inter raciais, à liberdade de pensamento e de crença (e não-crença), e mais intolerantes à tortura como mecanismo judicial, à escravidão como modelo econômico e às guerras entre nações, do que qualquer outra geração anterior à nossa. Ou seja, vivemos num cenário exatamente oposto ao que aponta o senso comum.

4. “O mundo nunca foi tão pobre.”
 
Essa também é uma máxima recorrente. O capitalismo é o grande responsável por toda miséria que há no mundo. É dele a culpa pelo subdesenvolvimento latino americano, pela fome na África, pelas favelas no Brasil, pelo atraso na Ásia.
Mas quanto disso é real de verdade? Pouca coisa. Encare o gráfico abaixo.

Como ele expõe, o número de pessoas vivendo na mais absoluta pobreza vem caindo consideravelmente no mundo desde a Revolução Industrial. De fato, se os ricos ficaram mais ricos desde o início do capitalismo, os pobres também vem melhorando suas posições como nunca antes havia sido possível.
Os etíopes vivem hoje, em média, 24 anos a mais do que em 1960. Os chilenos já são mais ricos do que qualquer nação do mundo desenvolvido na década de cinquenta. A mortalidade infantil é menor hoje no Nepal do que na Espanha em 1960. Há 35 anos, 84% dos chineses vivia abaixo da linha da pobreza – esse número caiu para 6%, como reflexo da abertura econômica iniciada com a subida de Deng Xiaoping ao poder. Desde 1990, aliás, o percentual da população mundial vivendo na extrema pobreza caiu mais da metade – para menos de 18%.
Atualmente, os sul coreanos vivem, em média, 26 anos a mais e ganham 15 vezes mais por ano do que em 1955 (ganham 15 vezes mais também que os norte coreanos, mas essa é outra história). Os mexicanos vivem agora, em média, mais do que os britânicos viviam em 1955. Em Botswana a população ganha, em média, mais do que os finlandeses ganhavam em 1955 (em 1966, cada cidadão botsuano ganhava em média 70 dólares por ano; o país tinha míseros doze quilômetros de estradas pavimentadas e vinte e dois habitantes com diploma universitário). Em duas décadas, a proporção de vietnamitas vivendo com menos de dois dólares por dia caiu de 90% para 30%.

5. “O mundo nunca foi tão desigual.”
 
Você já encarou em algum lugar, ainda que indiretamente, alguém citando aquele relatório da Oxfam que afirma que o 1% mais rico do planeta detém mais riqueza do que os 50% mais pobres e que segundo a previsão, os mais ricos teriam mais do que os 99% restantes em pouquíssimo tempo, não é mesmo? Todo mundo leu essa notícia ano passado: a desigualdade no mundo estava atingindo os maiores níveis já registrados.
Loucura, não? Mas e se a história não fosse exatamente como a que está contada? E se, pelo contrário, a desigualdade no mundo estivesse desabando?
A primeira coisa que você deve saber sobre o relatório da Oxfam é que eles utilizam dados do Credit Suisse para estimar a riqueza líquida dos cidadãos ao redor do mundo. Só tem um problema com esses dados: a grande maioria dos países não possuem dados factíveis sobre os seus estoques de riqueza, uma vez que o que se taxa normalmente é a renda. Não é possível alcançar um relatório minimamente factível com a realidade desconsiderando isso.
Como aponta o economista do FMI, Carlos Góes, nesse artigo, o relatório da Oxfam não inclui:
  • a riqueza informal – por exemplo: as casas nas favelas e periferias, que valem dezenas de milhares de reais e estão nas mãos dos mais pobres, apesar de não serem titularizadas pelo governo (e a conta do economista peruano Hernando de Soto é que há pelo menos $10 trilhões não contabilizados dessa forma);
  • a riqueza implícita – como aquela prevista por sistemas de seguridade social;
  • o relatório, de fato, inclui apenas imóveis e ativos financeiros – sendo que parte considerável da riqueza dos mais pobres são justamente bens de consumo duráveis, como aparelhos eletrônicos, carros, motos, eletrodomésticos, etc;
  • e por fim, mistura a metodologia da Credit Suisse com as estimações da Forbes para a riqueza dos bilionários, sem apresentar qualquer justificativa que mostre por que ambas as metodologias são compatíveis.
É uma verdadeira salada estatística para alcançar o resultado inicial desejado: mostrar que o mundo nunca foi tão desigual.
Quase metade do mundo não tem patrimônio líquido formal algum – entrando, portanto, na parte mais pobre do relatório da Oxfam. Mas isso não significa que o patrimônio não está lá, na mão dos mais pobres.
Pela lógica enviesada do relatório, se você é um atendente de telemarketing que vai ao trabalho com uma moto e não possui nenhuma dívida em seu nome, está na metade mais rica do planeta. Se você é proprietário de uma casa que vale, digamos, algo próximo dos cem mil reais, na periferia de alguma grande cidade brasileira, já tem mais riqueza que bilhões de pessoas somadas, visto que a maioria delas não possui imóveis registrados (e no Brasil, segundo Paulo Rabello de Castro, quase metade dos imóveis ainda não são titularizados). Dá pra levar a sério um relatório que coloca atendentes de telemarketing e moradores da periferia no topo entre os mais ricos do mundo, ao mesmo tempo em que ignora bilhões de pessoas que têm suas riquezas não contabilizadas pela análise?


Se você é desses que torce o nariz toda vez que encara a palavra desigualdade num texto como esse, pense no seguinte cenário: imagine que você tem o poder de entrar numa máquina do tempo e voltar duzentos anos na história. O que você acredita que iria encontrar pela frente? Castelos, nobres e gente vestida da forma mais elegante possível?
Pode até ser. Mas esse seria um retrato muito particular da sua viagem. De fato, o que mais você encontraria pela frente seria pobreza: 75% da humanidade vivendo com menos de um dólar por dia, na mais completa penúria. Esse era o cenário. A imensa maioria das pessoas ao redor do mundo nasciam pobres, viviam pobres, morriam pobres.
Foi nesse exato ponto da história, no entanto, que reformas institucionais começaram a explodir no noroeste da Europa, espalhando-se pelo continente e atravessando o mar. Foram essas reformas que permitiram com que parte do mundo saísse da pobreza. É graças a elas que você pode agora acessar este artigo.

Acontece que não existe um mundo com padrões institucionais homogêneos. Enquanto parte do planeta enriqueceu durante esse tempo, apostando em reformas políticas e econômicas, parte ainda permanece presa às mesmas instituições do século dezenove. É perfeitamente compreensível que tal cenário crie desigualdade. Mas não dá pra colocar a culpa nas instituições capitalistas, que permitiram esse desenvolvimento. Pelo contrário: a culpa é da falta da aplicação dessas instituições nos países que permanecem pobres.
A boa notícia é que isso vem mudando nos últimos tempos. E o resultado pode ser visto no gráfico abaixo.

De fato, ao contrário do que aponta o senso comum, a desigualdade de renda no mundo vem caindo há 40 anos, fruto das reformas institucionais que aconteceram recentemente em alguns dos países mais populosos do planeta, como a China e a Índia.
Usando os próprios dados da Oxfam, a riqueza do 1% mais rico se manteve estável nos últimos 15 anos. O que você não sabe é que, apesar de terem os dados disponíveis, os analistas cortaram os dados de 2010 e fizeram suas projeções com base em apenas 4 anos. Como aponta Góes:
“Se, ao contrário disso, a riqueza dos mais ricos se comportar como se comportou ao longo dos últimos 15 anos, ela vai voltar à sua média histórica. Eu fiz uma pequena previsão alternativa (que também tem seus problemas) que usa a série completa e assinala como essa reversão à média é plausível. Essa prática de selecionar apenas quatro anos para adequar a realidade a uma narrativa é completamente condenável – e põe em dúvida a própria seriedade de um estudo que ganhou tantas manchetes de jornal.”
O resultado é o gráfico abaixo.

Esqueça essa história que o mundo nunca foi tão desigual. Faça o mesmo com a ideia que para haver um rico é preciso haver um pobre, que o capitalismo mata todos os anos milhões de pessoas, que o mundo está cada vez mais intolerante e violento e que ele nunca foi tão pobre. Nada disso resiste ao menor escrutínio.
Se você quer tentar entender e ajudar a apresentar soluções para os problemas do mundo real, só há uma alternativa pela frente: não ignore o mundo real. É o melhor começo possível.


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